MAIO
Hoje um poeta morreu
no trabalho
a construir poemas
João Corinto servente
não sabia palavras
só tijolos e cimento
Um pé fora do andaime
o chão não era de cravos
e as aves
bateram asas
Hoje um poeta morreu
no trabalho
Projectou-se do oitavo verso
do seu poema
Eufrázio Filipe
(2008)
Lindo. Como sempre.
ResponderEliminarMas o poeta perdeu o chão.
ResponderEliminarTristeza a par da beleza nessa construção.
abç amg
Tanta beleza e dor em cada letrinha deste poema...
ResponderEliminarA vida é projecto e risco.
Da construção dos versos se fez obra.
ResponderEliminarTudo ressuscitará num poema.
ab
Vê, querido poeta, a sorte daqueles que ainda cantam- enquanto tantos morrem em silêncio.
ResponderEliminarLinda homenagem. Beijos.
Mas haverá um poema que não o esquecerá... E continuará vivo....
ResponderEliminarLindo...
Beijos e abraços
Marta
~~~
ResponderEliminarMuito belo e pertinente.
Beijo, Poeta.
~~~~~~~
Fizeste lembrar o "Operário em construção". E que bem o descreves tu, o servente, às tantas a prazo, na vida e na poesia.
ResponderEliminarUm Abraço de cravos, SEMPRE!
Bettips
Nosso luto é vermelho
ResponderEliminarLINDO ISSO, O POETA MORRE, MAS, AINDA BEM QUE
ResponderEliminarSUA OBRA, PERMANECERÁ.
ABRÇS
http://zilanicelia.blogspot.com.br/
... e assim a Poesia se faz argamassa de Vida!
ResponderEliminarabraço (emocionado), Poeta.
Um poema lembrar Abril
ResponderEliminara lembrar Maio
e o operário em construção
um poema forte e no entanto o Poeta soube usar muito bem as palavras que o constroem
um beijo
:)
mesmo na morte, uns projetam-se outros não
ResponderEliminarMais do que a homenagem (o trabalhador anónimo, esquecido e desrespeitado, apesar da poeticidade que mora em cada uma) e até uma subliminar chamada de atenção para a falta de condições de trabaho , relevo a originalidade e beleza da construção poética.
ResponderEliminarQue não morram os poetas...
Saio encantada.
Bjo, Filipe :)
Uns partem, outros chegam e a Liberdade só floresce se bem regada.
ResponderEliminarAbraço do Zé
Um poema grandioso,
ResponderEliminarcom o grito humano (sobrevoando na dor do
João trabalhador) do olhar do poeta!...
Lembro-me a música do Chico Buarque
"Construção".
Bjs.
Belo trabalho!
ResponderEliminarApreciei a partilha
Ah... Que lindeza.
ResponderEliminarAté (me)parece que o 25 de Abril veio antes do 1º de Maio para que este fosse comemorado MAIS!
ResponderEliminarAbç
O poeta morreu voando...e a poesia, soterrada... Lindo o seu poema Mar Arável! Obrigada pelo recadinho no Solidão de Alma. Beijos
ResponderEliminarUm poema tocante por ser tão real. Todos os dias morrem os poetas do trabalho mais árduo. Disseste isso num poema fantasticamente acutilante.
ResponderEliminarUm beijo, meu amigo.
Para assinalar este dia, levei este poema, se não concordar será retirado.
ResponderEliminarobrigada
:)
Um poema magnifico!
ResponderEliminar"Um pé fora do andaime
o chão não era de cravos
e as aves
bateram asas
"
E assim continua!
Beijinhos,
Ailime
Se o poeta fez
ResponderEliminarsílaba a sílaba
perfeita construção
o poema tijolo a tijolo
erguer-se-á numa canção
sempre acima do chão
Tão alto era o poema em construção. Impressivo o teu poema meu irmão
ResponderEliminarAbraço fraterno
Outro que me tocou.
ResponderEliminarBoa semana!:))