terça-feira, 19 de abril de 2016

INCÊNDIO DE CRISÁLIDAS





A prumo neste clamor de socalcos
passo a passo
temos todo o tempo
em pleno voo
sem mapas nem destinos
para nos perder e encontrar

Quando te penso Abril
não estou a carpir lágrimas
festejo os olhos dos pássaros
o latido dos mares

solto barcos
sopro faúlhas

vejo-te em flor
num incêndio de crisálidas
asas abertas
a refulgir madrugadas

Eufrázio Filipe
 

28 comentários:

  1. Abril merece este poema!

    "Quando te penso Abril
    ...
    festejo os olhos dos pássaros
    o latido dos mares

    solto barcos
    sopro faúlhas

    vejo-te em flor
    asas abertas
    a refulgir madrugadas"

    É isso mesmo! Sempre!

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  2. Que esse incêndio faça renascer das cinzas rubras, um novo Abril!

    Um abraço, Poeta!

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  3. Que esse incêndio nunca se apague, e mantenha vivo Abril, porque ainda tenho viva a memória do antes de Abril.
    Abraço

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  4. As flores sempre desabrocham no abril de Portugal. Abraço.

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  5. Um grito, um voo aberto nas cores da madrugada....
    Que se escute o mar e se sorria com o Vento...
    Lindo...
    Beijos e abraços
    Marta

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  6. a pensar Abril
    e a soltar gritos calados na sombra de um poema
    muito belo

    beijinho

    :)

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  7. o poeta a cantar o seu tempo.
    que mais belo destino para a Poesia?

    e por esses mares navegamos:
    soltando barcos e soprando faíscas!

    empolgante teu poema, meu caro Poeta

    forte abraço

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  8. A poesia num voo, num incêndio das metáforas
    do (mês) abril do festejo dos olhos!...

    Belíssimo, Poeta!
    Bj.

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  9. ~~~
    Muito, muito belo este poema

    em homenagem ao Abril dos nossos sonhos.

    ~~~ Beijo amigo. ~~~
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  10. Quando pensas em Abril transformas o mundo e voas.

    Um abraço meu irmão poeta

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  11. Que nunca se apague esseincêndio de Abril. O antes nunca. Lindo poema que amei demais. Beijos com carinho

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  12. Boa dia amigo,
    Magnifico poema!
    Abril, para festejar, sempre.
    Beijinhos.
    Ailime

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  13. Abril, águas mil, diz o povo e essas águas que têm sido abundantes não permitirão que o fogo se propague e transforme tudo em cinzas. Desde esse Abril que nos trouxe a dignidade , tememos que os ventos venham de tal modo fortes que o barco da liberdade não se aguente no mar revolto e se afunde , levando com ele todas as conquistas conseguidas. ? Mas... a cada primavera novas flores aparecem nos canteiros e os cravos não deixarão de nos presentear com a sua beleza. Um beijinho e obrigada pela partilha. Um bom fim de semana
    Emilia

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  14. Pensar Abril. Ter no coração um sonho que nunca acaba. Dizê-lo com estas palavras, Poeta... Tão belo!
    Um beijo.

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  15. Olá, Filipe.
    "festejo o latido dos mares" - latem de felicidade, ainda a dar vivas à promessa que a liberdade trouxe.
    Não temos uma sociedade perfeita, não. Não podemos deixar de querer mais e melhor, sempre. Mas, que no meio das lutas (tão difíceis)da actualidade, se saiba dar o devido valor aos que lutaram e morreram, sem viver a sua liberdade, para que Abril ficasse gravado na História do seu povo.
    Grande poema.

    abç amg

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  16. Uma forma bela de cantar com esperança o significado especial que o Abril representa na história de uma nação. Encantam-me seus poemas. Abraço.

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  17. ~~~
    Envio
    um beijo amigo num cravo vermelho perfumado.
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

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  18. "festejo os olhos dos pássaros
    o latido dos mares"
    Excelente poema, os meus aplausos.
    Boa semana, caro amigo Eufrázio.
    Abraço.

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  19. Abril pensado e repensado ao fim do dia que acaba.

    Em Lisboa, no desfile, Seixal estava em brasa de bem pensada participação.

    Parabéns.

    Um beijo e um cravo.

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  20. Li em crescendo poético e emotivo. Cada verso é um poema, sendo que o título, retirado da última estrofe - que é brilhante - podia bem ser uma paráfrase para o sonho que continua vivo em quem "pensa Abril", sobretudo no que à LIBERDADE diz respeito.
    Agradeço poder ler este poema. É o meu sentir, só que não tenho arte para o exprimir assim.
    Bjo, Filipe :)

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  21. É essa festa de abrir Abril,
    tantas vezes pedida,
    tantas vezes adiada,
    tantas vezes desejada,
    o poema explode e
    vê-se nos olhos o brilho
    do aprumo dos pássaros.

    Abraço

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