Lá no alto
enleado na paisagem
respira
transparências fugidias
palavras inquietas
estranho amante
no baloiço das marés
desobrigado de céus
e outros destinos
por entre braços de araucárias
sem ameias
lá no alto
à tona dos ventos
a soletrar pelos dedos
caminhos insondáveis
que bom este cansaço
movimento
de asas remos e passos
Eufrázio Filipe
Os seus poemas intrigam-me...
ResponderEliminarNão sei bem se os entendo...
Mas a poesia é assim, não é?
Gostei deste poema.
Boa semana:)
ISABEL
ResponderEliminareu bem quero dar às palavras
a leveza das cinzas
Bj
desobrigado
ResponderEliminarsem ameias
na leveza das asas
na pureza das palavras
Muito belo! Leve. Lindo! (como sempre, aliás...)
ResponderEliminarBeijinhos, Poeta!
Boa noite Eufrázio.
ResponderEliminarO teu compor é sublime, lindo demais!
Que estes olhos continuem a fotografar estas paisagens.
Coisa bela este, Eufrázio!
ResponderEliminarQuem não se perde
quem não se salva
nos caminhos (in)sondáveis.
O proveito está no in
enquanto há remos e marés.
Abraço
nas araucárias moram pássaros
ResponderEliminaré bom este seu cansaço de caminhos insondáveis
Lá no alto... a pensar, a escrever, a sentir-se em paz consigo próprio e com o Mundo...A reencontrar-se, enfim...
ResponderEliminarBeijos e abraços
Marta
"Como a ultima folha do Inverno cansada de todos os brilhos" somos nós também. Temos, pelo menos, uma vez ou outra de nos desobrigarmos destes e doutros destinos e deixar que a nossa alma se eleve, feita folha levada pelo vento numa dança suave de liberdade. Somos barcos lançados neste mar da vida, umas vezes raivoso, espumando, outras uma suavidade doce beijando a areia com carinho e se não tivermos forças suficientes para o segurar naquela onda gigante que de vez em quando põe o barco à deriva há que rapidamente içar a vela e calmamente tentar que chegue ao proximo porto. Ha sempre um à nossa espera!
ResponderEliminarAs tuas palavras " são leves como as cinzas" mas o problema é entender os " caminhos insondáveis dessas cinzas .
Mas...isso é segredo da alma que inspirou as palvras. Beijinhos, amigo e parabéns
Emília
lá no alto
ResponderEliminarnas escarpas
os pássaros espreitam
o voo
;)
Há sempre uma descrição a fazer, dos caminhos.
ResponderEliminarGostei dessa!
saudações poéticas!
As tuas palavras têm a leveza das cinzas,
ResponderEliminarno voo das belas metáforas enigmáticas!...
Olá, Filipe.
ResponderEliminarQuantas voltas dão as palavras inquietas do poeta.
"a soletrar pelos dedos
caminhos insondáveis" - a busca é incessante.
abç amg
Seu poema me lembra um suspiro, fundo... Um hiato no tempo... Sem mais, apenas. Abraços.
ResponderEliminarTambém há mar e vento, para além das nuvens.
ResponderEliminarUm abraço fraterno poeta
Só quando as palavras inquietas descem lá do alto é que se faz o "movimento de asas remos e passos".
ResponderEliminarCaminhos insondáveis, que muitas vezes só o coração do poeta pode desvendar!
ResponderEliminarAchei lindo!
Bjs
Ailime
E o sonho "desobrigado" é dono de escolher o meio de transporte para o seu destino, precisamente para perceber o seu alcance.
ResponderEliminarE como tu nos sabes levar por "caminhos insondáveis"!
Bjo, Filipe :)
Muito belo.
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