segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

AMPLAS CLARIDADES






A última folha do Inverno
em pleno voo
cansada de todos os brilhos
libertou-se
quase etérea
num dédalo de luz

Ariadne desvendou os seus contornos
na inocência dos espelhos
celebrou por instantes
amplas claridades
e os barcos
para afagarem a sua nudez
se fizeram ao mar

Eufrázio Filipe
 
às

18 comentários:

  1. Arco-Íris de Fridasegunda-feira, fevereiro 29, 2016 11:17:00 da tarde

    Apenas luz...

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  2. Odete Ferreiraterça-feira, março 01, 2016 1:13:00 da manhã

    Muito gosto deste apeadeiro!
    Desta vez, para mudar de direção ou de estação.
    Também preciso de "amplas claridades".
    Mais um belo poema a cativar como sereia no mar.
    Bjo, amigo :)

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  3. deepterça-feira, março 01, 2016 9:57:00 da manhã

    Belo, muito belo... a emanar luz. :)

    Bj

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  4. Marta Vinhaisterça-feira, março 01, 2016 8:01:00 da tarde

    Sempre a luz....na transparência do tempo...
    A esperança...
    Beijos e abraços
    Marta

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  5. Helenaterça-feira, março 01, 2016 9:54:00 da tarde

    "e os barcos
    para afagarem a sua nudez
    se fizeram ao mar"

    Belíssimos versos!

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  6. Ana Tapadasterça-feira, março 01, 2016 10:33:00 da tarde

    Um sabor clássico de uma Antiguidade sábia!
    Gostei muito.

    Beijo

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  7. Majoquarta-feira, março 02, 2016 6:15:00 da manhã

    ~~~
    Em dias prenhes de luz e brilhos

    vibrantes, o Inverno despede-se...

    O poema tão belo e sensual como

    a mítica Ariadne, deslumbra-nos...
    ~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~~

    ~~~ Dias felizes, EF. ~~~

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  8. Andre Mansimquinta-feira, março 03, 2016 1:19:00 da manhã

    Primeira vez que venho aqui.
    Achei tudo muito lindo.

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  9. Graça Piresquinta-feira, março 03, 2016 3:26:00 da tarde

    Ariadne: a nudez por um fio...
    Um poema muito belo, meu amigo.
    Beijos.

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  10. © Piedade Araújo Sol (Pity)quinta-feira, março 03, 2016 6:05:00 da tarde

    e os barcos se fizeram ao mar com velas brancas...

    muito belo!

    beijinho

    :)

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  11. Lucy Mara Mansanarisquinta-feira, março 03, 2016 7:46:00 da tarde

    Ah que doce e sensível, lindo compor, parabéns!
    Grata pelo carinho e generosidade.
    Um abraço.

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  12. Unknownsexta-feira, março 04, 2016 2:36:00 da tarde

    Olá, Filipe.
    Tão gostoso de ler este poema.
    "A última folha do Inverno
    em pleno voo
    cansada de todos os brilhos
    libertou-se..." - quase a senti passar por mim a voar.

    um abç amigo

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  13. Agostinhosexta-feira, março 04, 2016 6:30:00 da tarde

    As folhas não enganam a nudez
    nem ontem nem desta vez
    Pela amplitude dos braços
    se mede a claridade do abraço.
    BFS, Poeta.

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  14. Suzete Brainersábado, março 05, 2016 3:11:00 da manhã

    Amplas claridades em caminhos dos barcos!...

    Sempre bela Poética...

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  15. manuela baptistasegunda-feira, março 07, 2016 6:29:00 da tarde

    e a última folha dobrou-se e fez-se mais um barco ao mar

    por amor de Ariadne


    um abraço

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  16. Ailimeterça-feira, março 15, 2016 7:34:00 da tarde

    A claridade e o fio do amor, na esperança de que fica.
    Belíssimo poema.
    Bjs
    Ailime

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  17. lupuscanissignatusquarta-feira, março 16, 2016 12:29:00 da tarde

    há um clamor na luz, mesmo a que brota dos espelhos

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