segunda-feira, 25 de agosto de 2014

A DESPONTAR NA VARANDA DO CAIS






Já tínhamos morrido
quase tudo
mas ainda a desnascer
surpreendemos
no espelho das águas
um gesto
pássaros a céu aberto
infinitos aqui tão perto
que nem lhes podemos tocar

Desta finisterra
efémeros partem barcos antigos
que deixam rastos
de romãs
a despontar na varanda do cais


 

24 comentários:

  1. Uma conversa longa e cheia...e sempre inacabada!

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  2. Enquanto os barcos antigos continuarem a partir do cais não está tudo perdido :-)
    Belo poema com sabor a romã.
    xx

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  3. Temos que acreditar que os barcos
    continuarão sempre a partir e
    a esperança a regressar.
    Um abraço
    Irene Alves

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  4. A imagem do post, me deu saudade de um tempo que nao vivi...

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  5. Belos versos encimados por uma pintura linda de se ver! Muitos pássaros são mesmo para serem vistos... como tocar a poesia em pleno voo?
    Sorrisos, estrelas, meu carinho,
    Helena

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  6. Poeta
    fico à espera
    do regresso

    enquanto isso
    construamos barcas novas
    com a vontade que sobra
    aquela que ninguém nos rouba

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  7. Se as romãs crescem no cais
    eles hão de voltar amanhã.

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  8. Que bella pintura como marco para tus versos, los barcos que lindos son me llevan a fantasías.

    Saludos Mar y gracias por pasar por mi sitio.

    REM

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  9. Enquanto se mostrarem os rastos e se mantiverem no olhar os barcos, ainda que antigos, haverá esperança para os que, atentos, permanecem no cais. Abraço.

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  10. Sempre me quedei a observar o mar e as embarcações, sempre. E nem sei explicar...
    O poema e o quadro estão em perfeita sintonia.
    Abraços!

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  11. Infinitos aqui tão perto...
    Versos que fazem sonhar partidas, chegadas, riso e lágrimas. Perfume de romãs... Abraços.

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  12. Maravilhoso é sempre ser

    surpreendida pelo teu

    brilho (infinito) poético...

    Bj.

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  13. Façamos desses rastos caminhos novos para os nossos passos.

    Beijo

    Lídia

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  14. Pássaros e barcos a lembrarem que a vida continua...
    Um beijo, amigo.

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  15. estamos sempre a desnacer e no cais ficam o sabor a romã, quiçá do beijo trocado...

    :)

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  16. O mar tem sempre a magia de fazer renascer a esperança, apesar dos barcos partirem!
    Bj
    Ailime

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  17. Quando o mar ajuda a desnascer a maré é sempre cheia e a marca fica lá.

    Abraço fraterno.

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  18. Gostei tanto do poema quanto gosto de romãs . Muito ! Beijos

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  19. Imagem e poema em perfeita sintonia!
    Surpreendo-me sempre com o reflexo que espelham essas águas em que navega o seu talento poético. Um deslumbramento nada efémero, ainda que os barcos abandonem o cais...:)

    Beijos.

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  20. Muito boa a escolha da tela para a construção do poema... ou o contrário.
    Abraço!:))

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  21. Partidas sempre dolorosas, pois os destinos eram sempre infinitos. E a espera longa!
    Gosto da tua poesia pela poesia...
    Bjo, Mar :)

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