sexta-feira, 26 de abril de 2013

ETERNOS A PINTAR SOMBRAS




Regressámos ao sítio
onde crescem silvestres buganvílias

foi aí em recato
que rasguei o que julgava ser um poema

lá no cimo da Arrábida
em visita guiada
aos azuis do Sado
no mais íntimo dos silêncios
observei a anatomia
dos teus gestos
quando te revelaste
quase ninfa
a invadir impossíveis
ao alcance dos dedos

ali ficámos eternos
a pintar sombras
que se alumiam

a inventar flores amanhãs e outros relâmpagos

 

22 comentários:

  1. Parabéns pelo seu livro! Andei afastada destas lides.
    Desejo que continue "a inventar flores amanhãs e outros relâmpagos"!

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  2. "a pintar sombras
    que se alumiam"

    Gostei muito!

    Beijo

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  3. Encantador...

    "Ali ficávamos eternos..."

    É uma deliciosa e incomparável sensação que só acontece ao lado de alguém absolutamente especial.

    Beijos.

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  4. Há espera de relâmpagos

    Alumiemos sombras

    (nunca rasgues um poema..., dá-mo)

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  5. Inventar amanhãs é o belo e inesgotável ofício do poeta. Maravilhoso poema também pelo ambiente que evoca.

    bj

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  6. um doce!

    Parabéns ( pelas sombras que se pintam e pelo chão que se clareia)

    Beijo

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  7. Os teus relâmpagos rompem a bruma e desenham a silhueta das ninfas.
    Abraço

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  8. Gosto! Mas, sobretudo, do verso final porque nos redimensiona o sonho...

    Beijo

    Laura

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  9. "a inventar flores amanhãs e outros relâmpagos"

    Tarefa de importância maior para a despoluição do ar que nos invade os pulmões.

    Um beijo

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  10. É tão bom regressar ao sítio onde crescem silvestres bungavílias.

    Bjs

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  11. ...y que todos los días aunque estén nublados... exista un gran sol para ti.
    mar

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  12. A Serra da Arrábida é especial pois a montanha junta-se ao mar.
    Não há nada melhor do que perceber a paisagem.
    Parabéns. :)
    Beijinho.

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  13. Belíssimo poema assim como esse cenário paradisíaco. Bjs Ailime

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  14. poema belíssimo e paradigmático da tua Poesia.

    paisagem, sentimentos, vida, inquietação, enamoramento - está lá tudo.

    aberto sempre a mais azul. e novos relâmpagos...

    abraço, Poeta

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  15. É próprio dos amantes eternizarem-se...num gesto suspenso.
    Beijos

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  16. Essa invasão de impossíveis, são os teus versos relampeando (relampejando, ou relampadejando) os mais belos poemas!

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