Desenho de ÁLVARO CUNHAL
Ao entardecer
um bando de pássaros
desenhou
na palma das nossas mãos
uma vida inteira
e tudo parecia azul
no seu linguajar
mais alto que o voo
e assim aconteceram
duas linhas paralelas
prolongadas
que se encontram
aonde os olhos não mentem
Ao fim da tarde
tudo é mais claro
até o branco
nos lábios da areia
No final da tarde de hoje foi tudo mais rubro. À espera do Dia Novo!
ResponderEliminarE o teu poema é um encanto!
Beijo.
Onde os olhos não mentem é lugar definitivo para a leitura dos pássaros.
ResponderEliminarbjs
Caro Eufrázio
ResponderEliminarEste é daqueles que não dá para mexer, para não estragar. Belo!
Abraço
Gostei da gravura.
Rodrigo
E nós a encontrarmos a beleza das palavras no infinito cruzar das paralelas.
ResponderEliminarDelícia. :)
ResponderEliminarQueria eu ser um pássaro
ResponderEliminarTalvez uma gaivota...
Para quando voar no azul do céu
Poder olhar o azul do mar
Bjo.
Os olhos é o espelho da nossa alma e é neles que vemos o que vai dentro da alma de cada um ,os olhos não mentem! lindo poema
ResponderEliminarBom fim de semana ,beijo
Carla Granja
http://paixoeseencantos.blogs.sapo.pt/
Linda gravura.
ResponderEliminarÉ à noite,e na noite,que tudo se torna mais claro.
Um abraço,
mário
Achei muito bonito.
ResponderEliminarA imagem também.
Bom fim-de-semana
Obrigada pelo poema que pela sua beleza também clareou o meu final de tarde :)
ResponderEliminarA gravura ainda que me seja familiar é sempre muito agradável rever.
Um bom fim de semana.
Um bucolismo terno imbui todo o poema.
ResponderEliminarA final sorrimos de conssolação.
Um abraço amigo.
Bonito. Certo. Azul. Esvoançante. Geométrico. No entanto, nunca beijarei os lábios da areia, sempre me fez impressão a areia nos dentes - mais do que nos sapatos!
ResponderEliminarUm abraço azul
Belíssimo!
ResponderEliminarAbraço
Estremeci.
ResponderEliminarLindo!!!
Beijo
Ná
Meu amigo,
ResponderEliminarPor onde começar? Pela arte do poema ou pela da imagem?
Duas artes aqui tão bem conjugadas por dois artistas da liberdade.
Falar do poema não sei sem lhe estragar o encanto com que me encheu a alma.
Um dos que mais me disse e tem tantos...!
Beijos
Que beleza, Mar Arável!
ResponderEliminarOs desenhos de Álvaro Cunhal são inconfundíveis e bebem muito bem as palavras do poema.
"Duas linhas paralelas" a realidade profunda vista com beleza.
A perpendicularidade está lá no cruzamento do olhar, na cumplicidade. O poema é sereno, tranquilo como a eternidade de um momento feliz.
Beijinhoe parabéns.
O seu poema, Eufrázio, está à altura do desenho que o encima. A beleza da forma, a alma no conteúdo.
ResponderEliminarQue dizer? Belíssimo. Obrigada.
Abraço amigo,
Mel
Que poema pleno de esperança!
ResponderEliminarAs palavras sugerem imagens de uma beleza rara e enternecedora.
Beijo.
Que paz! Quase se ouve os som do bater das asas.
ResponderEliminarMuito bonito.
Gostei.
ResponderEliminarUm abraço e bom fim de semana
Belíssimo! Como o desenho da espuma das marés.
ResponderEliminarAgora sei da esperança contida nos gestos de duas linhas paralelas quando se prolongam.
ResponderEliminarEspuma e maresia...
Um beijo
Lindíssimo!
ResponderEliminarabraço
cvb
falar
ResponderEliminaré quebrar um grão de areia
guardo,
que a linha da vida é desenho de pássaros
um abraço
Tudo belíssimo. Tudo harmonioso e sintónico.
ResponderEliminarObrigada, Eufrázio!
Gosto de Álvaro Cunhal por ser uma pessoa integra e este seu desenho é lindo!
ResponderEliminarA tua metáfora de hoje [como todas, aliás], é belíssima, mais parece uma terna queixa a ele...
No entanto
o deserto é imenso
aqui e ali
oásis
fontes para matar a sede.
Abraço, Mar.
...
ResponderEliminarUm entardecer com serenidade suficiente para esperar que cada dia
aconteça dentro de nós.
Abraço-te Poeta
Boa semana
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ResponderEliminar..."aonde os olhos não mentem..."Penso que para o bom olhar, os olhos não mentem nunca!
É sempre gratificante vir ler os seus poemas...
Beijos de luz e o meu carinho!!!
Zéli(MundoAzul)
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Lindíssimo! Suave, mas profundo! Como sempre.
ResponderEliminarBelo este poema, apesar dos fins de tarde para mim terem um misto de serenidade e tristeza... :))
ResponderEliminarBoa semana
Percurso a dois forte e nítido, como o é o desenho de Cunhal!
ResponderEliminarBelissimo poema.
ResponderEliminarPerfeito! Como um fim de tarde .
ResponderEliminarBeijinho
Tão bela essa vida desenhada... Pena que se desfaça como areia ao vento.
ResponderEliminarbj
O fim da tarde, talvez por ser breve, é o instante mágico das revelações...
ResponderEliminarAbraço
Às vezes fico assim, tímida, pequenina, sem voz... mas ela há-de voltar. Mais tarde, há-de voltar.
ResponderEliminarAbraço!
Tão belo este poema e junto a ele
ResponderEliminarum excelente desenho de Álvaro
Cunhal. Como ele tinha razão no
que dizia...
Que saudades das suas palavras.
Bj.
Irene
Um poema no momento certo que me fez tão bem.
ResponderEliminarObrigada.
beijinhos
o esplendor dos afectos. tecidos por teu olhar límpido...
ResponderEliminargrato, Poeta. meu amigo.
forte abraço
Querido poeta
ResponderEliminarOs olhos nunca mentem...poema e imagem sublimando um momento.
Beijinho
Sonhadora
Tão belo! Maravilha(da).
ResponderEliminarBeijinhos
mariam
...confesso-me agradado. Muito!
ResponderEliminarAbraço!
Saio de lágrimas nos olhos e sem dizer nada... Obrigada por me ter emocionado tanto... por ter feito bater mais forte o meu coração.
ResponderEliminarPeço desculpa pela minha ausência nos comentários... Mas tenho- o lido.
ResponderEliminarBelo poema abraçado a um desenho, cujo autor permanece na minha memória como o libertador.
PS. Escolhi este poema para o meu Abrigo Poético.
Maria Valadas
Voltei
ResponderEliminar"Ao fim da tarde"
Beijo
Ná
os pássaros sabem coisas que o Poeta desconhece.
ResponderEliminarmuito bom, como sempre!
um beij
É sempre além, o voo dos pássaros e o olhar dos homens que acreditam na claridade... é sempre além.
ResponderEliminarUm abraço
"Ali onde os olhos não mentem", que é dentro do coração do amor!
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