
Na ausencia de cores no jardim
insistes em chegar
com incendios ininteligiveis
nas asas
para eternizar as breves madrugadas
Que mais poderia fazer
senão abrir as janelas
para te receber quase ninfa
fustigada de sinais
com as marcas do vento
o aroma das maresias
fugidia
mensageira de primaveras
Reconheci-te pelo trinado
desgrenhada
em fuga
nas pautas
esquecida que já tinhamos adormecido
num abraço de limos
Chegaste imprevista
a preto e branco
mas hoje não sei porquê
acordámos no alpendre
a exortar
as cores da tempestade
Poeta,
ResponderEliminarFico então avisado
amanhã, quando a tempestade chegar,
que não terei que ficar admirado
com as cores que ostentar
entrei silenciosa para te dizer bom dia. perdi-me a ler o teu poema tão pleno de tanto sentimento. todas as palavras que poderiam ser ditas as usaste tu, como sempre...
ResponderEliminaracabei, sentada neste chão, ouvindo deliciada o declamar dos teus poemas...
obrigada, foi um momento muito bom.
beijo.
Belíssimo, como sempre.
ResponderEliminarAbraço
Que ela sempre assim venha! Abraço.
ResponderEliminarQue chegasses, que chegasses, que não parasses de chegar...
ResponderEliminarEufrázio
ResponderEliminarLondo este poema envolvente e profundo. Belo de ler nesta tarde de Domingo tão cinzento.
Beijo
Muito bom (como é costume...).
ResponderEliminarAbraço.
A tempestade,
ResponderEliminarà beira do abismo,
embra o limo
primordial.
Intenso...
ResponderEliminarCom cheiro a terra molhada.
Um sonho traduzido em poema...!
ResponderEliminarO amanhã ergue-se ocasionalmente sobre cores de fogo.
ResponderEliminarPoeta
ResponderEliminarE eu em silêncio cheguei...e vou, para não acordar os pássaros e levo a tempestade.
Beijo
Sonhadora
As ausências são perturbadoras.
ResponderEliminarQue a paleta de cores invada o seu jardim.
Abraço!
:))) Lindo! Adorei...
ResponderEliminarBeijo
Voltam sempre a quem as espera!... como brisas saídas do movimento das asas das borboletas!... Mas as asas são mais fortes, o mar imenso e a costa um recorte na periferia do olhar da memória!...
ResponderEliminarBom semana
Abraço
e quando assim chega, imprevista, é quando nos sabe melhor... um beijinho, eufrázio*
ResponderEliminarTua "fugidia mensageira de primaveras" bateu suas asas por aqui...
ResponderEliminarBelo poema!
Um abraço,
marlene
A surpresa é também um convite aos mistério e ao amplexo sempre desejado...
ResponderEliminarA tempestade também pode ser graciosa.
ResponderEliminarBeijito.
As cores. Todas as cores.
ResponderEliminarMUITO BOM (como sempre)... ao que leio em ti.
ResponderEliminarExcelente momento de poesia ( a tua poesia declamada)!
Beijos.
A cores ou a preto e branco... quem não abriria as janelas para receber primaveras assim...
ResponderEliminarProdundamente eterno o seu poema!
Beijinho
então hoje
ResponderEliminartambém eu não sei porquê,
é aqui no alpendre, que oiço as vozes da tempestade
um abraço
manuela
Lê-lo, uma e repetidas vezes, pausadamente - o senhor é, como tantas vezes lho referi, dos poetas que mais admiro.
ResponderEliminarBem-haja, Eufrázio.
Enorme a sua alma, o seu talento.
Privilégio ENORME, o meu, contar com a sua amizade.
Abraço
Mel
Ha tempestades que que florescem nos jardins.
ResponderEliminarAs cores da tempestade já trazem um perfume de Primavera, como está bem patente neste seu belo poema.
ResponderEliminar"Reconheci-te pelo trinado
ResponderEliminardesgrenhada
em fuga
nas pautas"
Reconheci-te porque chegaste para ficar...
Um belo poema!
Beijos.
Há sempre um poema a dar cor à paisagem, quando se abrem as janelas e é fogo o que julgávamos ser apenas cinza.
ResponderEliminarUm abraço, Eufrázio,
a minha gratidão e admiração sincera!
Atrás de tempo, tempo vem.
ResponderEliminarPor vezes são precisas as cores da tempestade para que um arco-íris sorria.
Olá!!
ResponderEliminarPassando para conhecer e seguindo!!
Abs,
Daniele Barizon
www.neointerativo.com
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ResponderEliminar...voltas, voltas... As voltas jamais trarão o encanto das primeiras idas.
Lindíssimo o seu poema! É um prazer enorme ler os seus versos...
Beijos de luz e o meu carinho!
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adorei
ResponderEliminarBjinhos
Paula
Reconhece-se pelas cores mil a poesia das palavras sentires.
ResponderEliminarUm abraço
as cores do poema, as palavras sempre certas.
ResponderEliminara tempestade que faz poema com o talento do Poeta.
beij
A transição do "preto e branco" para uma paleta de cores é sempre desejável, mesmo (ou sobretudo) se perante uma tempestade.
ResponderEliminarUm abraço.
Um hino à liberdade e à busca de uma outra organização política da sociedade.
ResponderEliminarEstarei a pensar bem quando julgo estar subjacente a este texto as convulsões no Magreb, o derrube de ditaduras?
Um abraço
que mais poderias, Poeta, que não fosse incendiar as asas "dos incêndios ininteligiveis"?!...
ResponderEliminarbelo poema. como é timbre teu.
abraços
Cores que, pelos vistos, responderam à chamada...
ResponderEliminarAbraço.
mais um excelente poema com uma excelente chancela
ResponderEliminar.
um beijo
Belas cores, estas!
ResponderEliminarBelíssimo poema!!! Quase pude sentir os cheiros dos ventos, ouvir os trinados, e ver as cores de maresias e asas e tempestades! Deixo cá meus abraços alados azuis.
ResponderEliminarA Maria João sabe dizer tão bem o que eu gostaria de dizer...mas que neste momento só sei sentir.
ResponderEliminarPoesia como esta deixa-me em contemplação e é um silêncio preenchido que me fica suspenso das palavras...
Obrigada por momento tão belo!
Beijos
Branca