ÁGUA A CAIR NO MAR
Sempre que chegavas ao porto
construias um sonho
penetravas o olhar doce das aves
e lá ficavas exilado
numa festa de silêncios
a riscar na tela
a carvão
uma rota de afectos
a preto e branco
cumprias o mar lavrado
num farol restrito
até para os barcos
carregados de vento e velas
Quando sereníssimo
pela última vez
contigo chegaram
severas as belas tempestades
ergueste o velho lápis de carvão
levaste-o aos lábios
e sopraste em surdina
para os mastros hasteados
sou apenas água a cair no mar
Apenas água, tanta água que faz o mar. Mar que dá sentido em se ter farol, barcos e sonhos e... vida.
ResponderEliminarbeijinhos
Muito bom. Imagens a carvão, concretas e sensíveis.
ResponderEliminarAbraços.
não, meu Amigo ,és muito mais do que isso
ResponderEliminarés onda em mar revolto
.
um beijo
GABRIELA ROCHA MARTINS
ResponderEliminarESTAMOS-te gratos
amiga
Que bom...fizeste me sentir o meu irmão.
ResponderEliminarum bjo
O desenho da poesia.
ResponderEliminarMagnífico!
A escolha das palavras certas que o poema tão bem soube hastear...
ResponderEliminarUma boa semana
Chris
Uma cantata de palavras e sons!
ResponderEliminarA tua poesia vai muito para além do apenas.
ResponderEliminarSem palavras!
ResponderEliminarAbraço
Belíssimo este destino de desenhar afectos. Como água tombando no mar.
ResponderEliminarsereníssima
ResponderEliminarpaleta de sons
cumprida
pelos mastros
uma última vez
na rota silenciosa
do olhar
_____
beijo Eufrázio
"sou apenas água a cair no mar"...
ResponderEliminare sendo água é fonte de vida na frescura do espírito que jorra das palavras...
Beijinhos
Branca
As águas misturam-se entrando em perfeita harmonia
ResponderEliminar...numa festa de silêncios
ResponderEliminara riscar na tela
a carvão
uma rota de afectos
a preto e branco...
Lindíssima imagem poética!
Um abraço
O meu Pai foi sempre
ResponderEliminarum militante da vida
Bjs mesmo para os que não entraram
no texto
o velho e o mar,
ResponderEliminaro pai e o filho
duas gotas de agua,
na imensidão do mar
Beijos
Mesmo que se carreguem as tempestades, teremos sempre braços para hastear os mastros!
ResponderEliminarBeijo
gosto muito mais da ideia de poder vir a ser água a cair no mar do que pó a ser terra... se é que era este o sentido do seu poema... mas ainda assim, é uma bela ideia! um grande beijinho*
ResponderEliminarMar Arável
ResponderEliminarBem hajas pelo porto a que se chega e onde se constrói um sonho.
Nem todos acreditam que os sonhos são possíveis de construir. Nem todos procuram um porto para ancorar.
Abraço
Eufrázio,
ResponderEliminarNo teu mar revoltoso, a espuma da água é carícia.
"sou apenas água a cair no mar"
Belíssimo final de poema!
PS: Não quero abusar do teu tempo,
mas gostava que desses um " saltinho ao meu novo blog ( Saga de Familia, e me escrevesses a tua opinião.
No caso de não quereres comentar, fá-lo para o e.mail.
Obrigada, Eufrázio!
Beijos.
Maria Valadas
belo poema, em que se desenham sonhos e sopros para afastar tempestades, em que se é "água a cair no mar".
ResponderEliminarabraço.
Oh, ser apenas água a cair no mar....doce sossego, fim indolor!
ResponderEliminarPara quem adora o mar, como eu, é um deslumbre...
ResponderEliminarBeijinhos, carissimo
Há uma sereia neste «Mar Arável» que merece estes e tantos outros poemas eloquentes e de superlativa qualidade.
ResponderEliminarBem haja!
Sortuda!
Saudações
Apenas, talvez, mas... apenas uma imensidão a matar a sede ao infinito....
ResponderEliminarComo o poema.
Beijos
Mesmo que o tempo não seja o nosso temos que o abraçar com toda a força...
ResponderEliminarBjs Zita
O sonho a desenhar a vida ou o homem a desenhar o sonho. Ou as tuas palavras poéticas a movimentarem barcos.
ResponderEliminarpoeta do mar
ResponderEliminardeixo-te aqui
o meu beijo
bfs:))
Um sonho a carvão, um mar talvez tão português... quando as tempestades são "belas" então é possível o sonho.
ResponderEliminarBem-haja pelo poema.
A carvão.
ResponderEliminarA sal.
A olhos e pele.
Um dia encontraremos um cais de vento onde aportar o devir.
Abraço, Eufrázio.
...no mar.
ResponderEliminarAdoro poemas marítimos...Um bj!
ResponderEliminarágua que se faz lavra! num mar arável...
ResponderEliminarbelissimo, Poeta!
abraços
"construir sonhos acordados...
ResponderEliminarn"uma rota de afectos
a preto e branco"...
"ergueste o velho lápis a carvão...
...e sopraste em surdina..."
...a sua poesia envolve-nos,
faz-nos "sonhar acordados"!
Naquele porto de abrigo
peço licença
para ser uma simples
gota de água
do mar
por ti lavrado.
princesa