segunda-feira, 22 de junho de 2009

À PERGUNTA DO MAR



Estava com os olhos presos
no espelho do rio
quando as margens
se moveram
com aves a acenarem
famintas de um sinal
para fluirem

Das águas submersas
o coaxar dos remos
regressou à tona

Os saveiros passaram
a andar num rodízio
de memórias

Bastou libertar um pó
para desprender os olhos
partir para a faina

à pergunta do mar

30 comentários:

  1. Poesia maior a tua, mondador de marés do Mar arável.
    Abraço

    ResponderEliminar
  2. Como sempre, ler em alta voz, para melhor sentir a beleza das suas palavras!
    :))

    ResponderEliminar
  3. Curioso o título do teu poema, a minha avó tinha uma expressão que queria dizer "à procura" era exactamente assim "andei à pergunta".

    Senti a faina do mar encontrado!Belo!

    beijo

    ResponderEliminar
  4. O percurso, o caminho... à pergunta do mar!

    Lindíssimo!

    Beijinhos

    ResponderEliminar
  5. Gosto sempre de navegar nas tuas palavras...

    "à pergunta do mar"... numa procura que não cessa...


    Beijo

    ResponderEliminar
  6. É sempre muito bom ler as palavras aqui lançadas.
    :))

    ResponderEliminar
  7. Quem sempre está no meu rodízio de memórias é a beleza da tua escrita.

    Um abraço.

    ResponderEliminar
  8. assim é quando o mar está pronto para as marés...

    basta um inesperado (e livre) grão de poeira. e a Luz faz-se...

    excelente, Poeta.

    abraços

    ResponderEliminar
  9. Eufrázio,

    neste mar de palavras (suas)
    o fluir dos sentidos (meus)

    lindíssimo poema este! e os infra também...

    navegar por aqui, é um gosto renovado :)

    deixo-lhe uma mão-cheia de gulosas cerejas e o meu sorriso :)
    mariam

    nota:já estava com saudades deste 'Universo' tão especial... mas tive alguns problemas informáticos rsrs

    ResponderEliminar
  10. !Um rodízio de memórias"

    Perfeito!!!

    Beijos.

    ResponderEliminar
  11. ... bem poderia ser o rumo libertador. Só que a vida é dura para quem faz da faina o ganha-pão.

    Mas sonhar não é proibido, não é verdade?

    Belas as palavras-remadas.

    ResponderEliminar
  12. ... e o mar faz é tanto do todo que eu sou...
    Muito Bom

    Uma grande chama para ti...Abraço

    ResponderEliminar
  13. Estaremos nós destinados a, como saveiros, passarmos pelo rio, num rodizio de memórias?

    Beijos, Poeta de rios e mares aráveis ao teu olhar.

    ResponderEliminar
  14. Hoje passo aqui mesmo rápido estou muito cansada me perdoe.

    "Para falar ao vento bastam palavras. Para falar ao coração, é preciso obras.
    um beijo

    ResponderEliminar
  15. ...porque nas águas do rio me revejo!Interessente o título deste poema...

    ResponderEliminar
  16. Um poema onde navegamos os sentidos.
    Um abraço.

    ResponderEliminar
  17. Experimente. "Primeiro estranha-se, depois, entranha-se." (Fernando Pessoa)

    http://movimentodaspalavrasarmadas.blogspot.com/

    ResponderEliminar
  18. à pergunta do mar...

    ___ são teus os meus olhos
    estes remos que são proa
    famintos das tuas rotas
    é teu este corpo de margem
    são teus os meus cabelos de sal
    .
    .
    .
    ___

    Um beijo Eufrázio

    ResponderEliminar
  19. deixo fluir o sentir e ,sem querer ,o mesmo se faz rio

    do teu mar a quem ouso perguntar

    -"senhor barqueiro
    ,deixa.me passar?
    tenho filhos pequeninos
    não os posso sustentar..."

    ( lembras.te? )



    .
    um beijo

    ResponderEliminar